1.500 civis morreram nos primeiros três meses desse ano em ataques do Boko Haram a lugares como igrejas e locais públicos, segundo a Anistia Internacional.
A libertação de 276 meninas nigerianas sequestradas pelo Boko Haram é uma das principais prioridades do governo dos EUA, declararam autoridades ontem, emitindo avisos alarmantes sobre a expansão do alcance do grupo terrorista e a capacidade crescente de ataques mais sofisticados e mais mortais.
Robert Jackson, especialista em África do Departamento de Estado, disse que "o Boko Haram não tem respeito pela vida humana". Ele afirmou que a administração Obama está aumentando a capacidade de inteligência e a aplicação da lei na Nigéria, buscando sanções mais abrangentes "sobre o Boko Haram na ONU".
O rapto das meninas no mês passado causou uma comoção mundial contra os atos do grupo terrorista Boko Haram, de orientação extremista islâmica e que defende que mulheres não podem ter acesso à educação. Em um dos lances mais ousado, os militantes ameaçaram vender as garotas como escravas.
"A resolução desta crise é hoje uma das maiores prioridades do governo dos EUA", disse Jackson no subcomitê de Relações Exteriores do Senado. "O grupo já matou mais de mil pessoas em ataques neste ano em escolas, igrejas e mesquitas e agora representa uma ameaça crescente ao vizinho Camarões", acrescentou.
Parlamento prorroga estado de emergência para região de risco
Efe
O parlamento da Nigéria aprovou ontem a prorrogação durante seis meses da declaração de emergência decretada sobre os estados de Adamawa, Yobe e Borno, principal área de ação do grupo radical islâmico Boko Haram. A medida, solicitada pelo presidente nigeriano, Goodluck Jonathan , representa a terceira declaração consecutiva de emergência na zona nordeste do país. A primeira vez foi em maio do ano passado e a renovação ocorreu em novembro. Segundo os meios de comunicação nigerianos, Jonathan visitará amanhã a cidade de Chibok, em Borno, um mês depois dos sequestros.