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O exército da Nigéria libertou 121 meninas que foram sequestradas na terça-feira (15) após um ataque de um grupo armado a um colégio interno na cidade de Chibok, no noroeste da Nigéria, informaram as autoridades.

Os soldados seguem buscando a outras oito estudantes raptadas - no total foram sequestradas 129 meninas - e os membros da milícia islâmica radical Boko Haram, acusado de ter cometido o crime, explicou o porta-voz do exército, o general Chris Olukolade, em comunicado divulgado durante a madrugada.

A polícia relatou que, após o ataque, os insurgentes obrigaram as estudantes a subir em quatro caminhões e as levaram para um lugar desconhecido.

Durante o trajeto, um dos veículos quebrou e algumas estudantes conseguiram escapar.

O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, convocou para hoje uma reunião do Conselho Nacional de Segurança para discutir a piora da segurança no país.

Desde domingo, o Boko Haram teria cometido quatro ataques violentos no estado de Borno, nos quais morreram pelo menos 189 pessoas.

Segundo testemunhas citadas pela imprensa local, o sequestro das estudantes ocorreu na noite de segunda-feira, quando cerca de 50 homens armados chegaram em Chibok em um comboio de veículos e atearam fogo em edifícios públicos e casas.

Depois se dirigiram para a escola local de ensino médio, onde capturaram todas as estudantes que puderam e as levaram em um caminhão.

Na segunda-feira, um atentado a bomba matou pelo menos 71 pessoas em uma das principais estações de ônibus de Abuja, capital da Nigéria.

Boko Haram, que significa em língua local "a educação não islâmica é pecado", luta para impor a "sharia" (lei islâmica) na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

Desde que a polícia matou em 2009 com o líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que já deixou mais de três mil mortos.

Com 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, Nigéria, o país mais povoado da África, sofre com múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, socioeconômicas, religiosas e territoriais.

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