A Líbia acusou os agentes de segurança que paralisaram as operações em terminais de exportação de petróleo do país de tentarem fazer embarques para lucro próprio. O governo também ameaçou tomar ação militar contra qualquer navio não-autorizado que ancorar na região.
O primeiro-ministro, Ali Zeidan, emitiu o aviso na quinta-feira, três semanas depois da ação dos agentes de segurança que tem interromperam virtualmente todos os carregamentos em importantes terminais na costa central.
"Qualquer navio que não esteja sob contrato com a Companhia Nacional de Petróleo (NOC) e que se aproximar dos terminais será bombardeado por ar e mar", disse o premiê, acrescentando que possui o apoio do Congresso Nacional Geral - o órgão político mais alto na Líbia - em relação ao aviso.
O ministro de Petróleo, Abdelbari al-Aroussi, disse que a ação dos guardas custou US$ 1,6 bilhão à Líbia em receitas de exportação perdidas desde o dia 25 de julho. A perda do montante é um grande golpe contra a nação do Norte Africano, que é quase totalmente dependente do petróleo e gás para seus ganhos.
Zeidan advertiu que o governo não pode permitir que a perda de exportações continue indefinidamente. "Se o bloqueio dos terminais de petróleo continuar, o Estado será obrigado a usar todos os meios à sua disposição, incluindo os do exército", advertiu o primeiro-ministro.
Zeidan disse que o fechamento dos terminais de Brega, Zueitina, Ras Lanouf e Sedra aos navios contratados pela estatal NOC ocorreu apesar dos esforços de seu governo em alcançar uma solução para os problemas.
Os guardas em greve acusam Zeidan e Aroussi de conceder contratos de exportação fora dos procedimentos de longa data da NOC. "Um acordo foi alcançado com a comissão de mediação para organizar um grupo de juízes para avaliar se existe qualquer fundamento nessas alegações", disse Zeidan à televisão estatal. Fonte: Dow Jones Newswires.