O Ministério da defesa da Líbia autorizou o uso da força por militares para impedir que um petroleiro com bandeira norte-coreana carregue óleo cru em um porto controlado pelos rebeldes, ignorando o governo de Trípoli, disse a mídia estatal neste domingo (9).
O petroleiro atracou no sábado (8) no terminal leste do Es Sider, um dos três portos controlados pelos rebeldes desde agosto, para pressionar por exigências de autonomia e de uma maior participação nas receitas do petróleo.
O jornal local "al-Wasat" disse que o navio tinha sido carregado com o equivalente a 36 milhões de dólares de óleo cru.
A venda de óleo dos rebeldes retrata a crescente desordem no país produtor da Opep, que não conseguiu controlar os combatentes que ajudaram a derrubar Muammar Gaddafi em 2011, mas que agora desafiam a autoridade do país.
Em Trípoli, trabalhadores de uma empresa estatal de petróleo que controla o porto de Es Sider, entraram em greve, pressionando o governo a intervir porque seus colegas estavam sendo ameaçados por manifestantes armados.
"Estamos muito aborrecidos com o que está acontecendo em Es Sider", disse Salah Madari, um trabalhador da área do petróleo, na capital. "O oficial de controle do porto está sendo mantido sob a mira de uma arma", ele disse, acrescentando que homens armados também tinham forçado um piloto a dirigir o petroleiro até a doca.
O primeiro-ministro Ali Zeidan disse no sábado que os militares iam bombardear o Morning Glory, de 37 mil toneladas, se ele tentasse sair do porto, um dos maiores terminais de petróleo da Líbia.