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Pela primeira vez em mais de quatro décadas, os líbios comemoraram ontem o 60º aniversário de independência do país do comando de Itália e França. Nos 42 anos sob o regime de Muamar Kadafi, a celebração foi descartada e em seu lugar era comemorada a data do golpe de Kadafi em 1969.

"Hoje iniciamos a construção da Líbia como nossos antepassados fizeram", disse o primeiro-ministro, Abdurrahim el-Keib, durante a comemoração. "Convocamos nossos filhos para construir a Líbia após sua destruição."

As declarações dele foram feitas em uma cerimônia oficial na capital, Trípoli. Milhares de pessoas de todo o país se reuniram na cidade na expectativa de um jantar organizado em 11 quilômetros de mesas na costa de Trípoli. Entretanto, o evento foi cancelado por motivos de segurança e por disputas entre ex-grupos rebeldes que foram convidados, disseram autoridades. No escritório do Conselho Nacional de Transição (CNT), ministros dividiram um bolo e se reuniram com jornalistas.

A Líbia foi ocupada durante décadas por vários países, e somente em 1947 tanto Itália quanto França renunciaram a partes do país. O Reino Unido da Líbia foi anunciado com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) no final de 1951, sob o comando do rei Idris. "Como o falecido rei Idris disse na época, preservar a independência é mais difícil do que alcançá-la", disse o presidente do CNT, Abdul-Jalil, na cerimônia.

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