Um tribunal na Líbia condenou à morte “in abstentia” nesta terça-feira (28) o filho mais conhecido do ex-ditador Muammar Gaddafi, Saif al-Islam Gaddafi, por crimes de guerra e por ataques a protestos pacíficos durante a revolução de 2011.
A condenação de Saif al-Islam, que se encontra detido na cidade de Zintan por uma milícia rival ao governo, ocorreu durante um julgamento em massa de colaboradores do regime de Gaddafi iniciado em abril de 2014 em uma corte da capital, Trípoli.
Segundo informou o promotor Sadiq al-Sur, também foram condenados à morte por fuzilamento oito colaboradores, incluindo o ex-premiê Baghdadi al-Mahmoudi e o ex-chefe de espionagem Abdullah al-Senoussi. Outros oito foram condenados à prisão perpétua, enquanto sete foram condenados a 12 anos de prisão cada. Quatro foram absolvidos.
Não está claro se as sentenças, que podem ser recorridas em instâncias superiores, serão de fato aplicadas. O Tribunal Penal Internacional e grupos de direitos humanos questionam a justeza e a competência do sistema judicial da Líbia.
A Líbia mergulhou no caos após a deposição de Muammar Gaddafi, em outubro de 2011, impulsionada por protestos populares na esteira dos acontecimentos da Primavera Árabe e por uma intervenção militar internacional.
Na época, um bombardeio da Otan (aliança militar do Ocidente) matou um outro filho de Gaddafi, Saif al-Arab.
Atualmente, estruturas paralelas de governo e parlamento, localizadas em Trípoli e Tobruk, disputam o controle do país. Em meio a um vácuo de poder, vem aumentando no país a influência de facções radicais, como o Estado Islâmico.
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