O governo da Líbia anunciou nesta sexta-feira (18) um cessar-fogo imediato no país após semanas de confrontos entre forças do governo e rebeldes que exigem a deposição do governante Muamar Kadafi. O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, Musa Kusa. Na quinta-feira (17), o Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou resolução permitindo uma ação militar internacional para proteger civis no país do norte africano. Kusa disse que o país iria "responder positivamente" à resolução e interromper suas operações militares.
Apesar disso, o chanceler expressou sua "tristeza" com aspectos da resolução, que, segundo ele, prejudicam bastante a Líbia e são uma violação da soberania nacional do país. Anteriormente, o governo líbio havia prometido decretar um cessar-fogo no domingo apenas para que os rebeldes entregassem suas armas. Os que não obedecessem seriam novamente atacados, havia afirmado o governo.
Inspirado pelos casos de Tunísia e Egito, que resultaram na deposição dos presidentes desses países, o levante na Líbia começou no dia 15 de fevereiro, com protestos contra o governante Muamar Kadafi. As forças oficiais, porém, vinham retomando várias posições dos rebeldes nos últimos dias e ameaçavam, antes do cessar-fogo, lançar um violento ataque contra Benghazi, principal cidade controlada pelos rebeldes.