A Líbia afirmou nesta terça-feira (1º) que deve completar a investigação sobre o filho de Muamar Kadafi, Saif al-Islam Gaddafi, por crimes incluindo assassinato e tortura, e pediu ao Tribunal Penal Internacional mais uma vez que adie a ordem de rendição.
O governo líbio e a corte de crimes de guerra -que indiciou Saif al-Islam em junho por crimes contra a humanidade decorrentes da repressão da revolta do ano passado- têm há meses argumentado sobre o local em que ele deveria ser julgado.
Trípoli considera uma questão de orgulho nacional e uma medida de transformação do país o julgamento ser realizado na Líbia.
Entretanto, grupos de direitos humanos querem saber se o seu sistema de justiça pode cumprir as normas de direito internacional, e afirmam que ele deve ser entregue ao tribunal.
De acordo com um documento divulgado pelo tribunal sediado em Haia na terça-feira, o governo líbio mais uma vez desafiou a admissibilidade perante o tribunal internacional nos processos de Saif al-Islam e Abdullah al-Senussi, chefe de inteligência de Gaddafi.
"O governo líbio considera que julgamento de Gaddafi e do Sr. Al-Senussi uma questão da maior importância nacional, não apenas em trazer justiça para o povo líbio, mas também para demonstrar que o sistema de justiça da Líbia é capaz de um investigação adequada e execução, e que pode realizar julgamentos justos", disse o governo no documento.
Além disso, o governo disse que suas próprias investigações "estão agora em um estágio avançado" e "deverão ser concluídos em um futuro próximo".
"Espera-se que a fase de instrução do processo com relação ao sr. Gaddafi seja concluído nas próximas semanas", adicionou o governo, mas no que se refere a Senussi o processo levaria mais tempo porque ele não está no país.
Senussi foi preso na Mauritânia em março e é procurado pela Líbia, França e pelo tribunal internacional.
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