A Líbia disse no domingo que a União para o Mediterrâneo, lançada no ano passado para contribuir com a estabilização e desenvolvimento da região, está morta devido à ofensiva israelense na Faixa de Gaza.
Árabes e israelenses concordaram em novembro em ajudar a administrar a união de 43 países, inicialmente proposta pela França, com o objetivo de ampliar os laços entre a Europa e o sul.
A associação tocaria projetos concretos para o desenvolvimento econômico, segurança alimentar, energética e proteção ambiental do Mediterrâneo.
Mas a presidência da Líbia da União Árabe Maghred (UMA, na sigla em inglês), de países do norte da África, disse que a ofensiva de Israel em Gaza foi o único 'projeto' concreto desde que a união foi formada. "É um projeto visível - o som das bombas, as chamas, a fumaça. As vítimas são tangíveis e são enterradas aos milhares", disse a presidência da UMA em Trípoli por meio de um comunicado divulgado pela agência de notícias estatal líbia Jana.
A declaração é uma reação aos comentários do ministro das Relações Exteriores francês que afirmou, na semana passada, que os projetos da União para o Mediterrâneo deveriam favorecer a estabilidade, o desenvolvimento econômico e a solidariedade.
A União "foi morta pelas bombas israelenses e, somado a isso, os mísseis palestinos... Está queimada e se tornou um corpo inanimado", disse o comunicado líbio.
A UMA vai continuar a trabalhar por meio dos vizinhos do norte no chamado diálogo "Cinco mais Cinco" entre dez países mediterrâneos, mas a União para o Mediterrâneo descartada. "O espetáculo ridículo de teatro e o desperdício de tempo têm que acabar", disse o documento.
A UMA, que compreende a Argélia, Líbia, Marrocos, Mauritânia e Tunísia, foi formada em 1989 com a expectativa de criar uma zona de comércio livre e maior cooperação, mas o progresso tem sido lento.
A Líbia se recusa a participar da União para o Mediterrâneo desde o seu lançamento, o Marrocos e a Tunísia, ambos aliados franceses, apoiam o projeto.
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