Washington Vinte e cinco anos depois de cortar relações, os Estados Unidos anunciaram ontem que vão restabelecer totalmente os laços diplomáticos com a Líbia, no que aparenta ser um sinal para que outros países vistos como ameaça pelos EUA casos do Irã e da Coréia do Norte sigam os passos do regime comandado por Muammar Gaddafi e abram mão de seus supostos programas de armas de destruição em massa.
Washington mantinha relações tensas com a Líbia desde que sua embaixada em Trípoli foi atacada e incendiada em 1979. O regime também foi retirado da lista de Estados que patrocinam o terrorismo mantida pelo Departamento de Estado norte-americano.
"Tomamos essas medidas em reconhecimento ao compromisso perene da Líbia com a renúncia ao terrorismo", declarou a Secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, em um comunicado no qual classifica a colaboração líbia com a guerra ao terrorismo como "excelente".
Deixando entrever o objetivo de Washington, Rice citou a Líbia como "modelo importante diante da pressão da comunidade internacional por mudanças no comportamento dos regimes do Irã e da Coréia do Norte".
O chanceler líbio, Abdurrahman Shalgham, afirmou que o anúncio não surpreendeu o país e enfatizou a existência de interesses políticos compartilhados entre Trípoli e Washington. "Em política, não há recompensa e sim interesses", declarou. "O anúncio resulta de contatos e negociações. Não é unilateral. É resultado de interesses mútuos, acordos e entendimentos."
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