O governo da Líbia, respondendo à uma rara crítica doméstica de que está violando os direitos das mulheres, negou no domingo que tenha barrado mulheres de viajar para fora do país sozinhas.
Um comunicado do gabinete afirmou que foram tomadas medidas temporárias em postos da fronteira para proteger mulheres de ''questões negativas que acompanham a viagem internacional de mulheres libanesas''.
``Essas medidas nunca tiveram por objetivo privar mulheres libanesas de viagens internacionais'', disse o gabinete, acrescentando que as medidas não estão mais em vigor. As medidas não foram entendidas corretamente e precisaram de mais explicação, afirmou, sem elaborar.
Na terça-feira, em um raro ataque às autoridades, o jornal estatal líbio al Jamahiriya denunciou o que disse ser uma proibição a mulheres libanesas de viajar para fora do país sozinhas. A publicação pediu a cidadãos afetados que processassem o governo.
Alguns estudiosos islâmicos conservadores da Líbia argumentam que as mulheres muçulmanas precisam ser acompanhadas por um parente homem quando viajam.
Mas o jornal, que como todas as outras mídias na Líbia são controladas pelo Estado, disse que a prática vai contra as regras de direitos humanos apoiadas pelo governo.