• Carregando...

O tribunal penal de Trípoli começou ontem o processo contra Abu Zid Amre Durda, chefe do serviço de inteligência internacional durante o regime de Muammar Kadafi, no primeiro julgamento contra um alto dirigente do antigo governo.

Após a abertura da sessão, o juiz apresentou as seis acusações contra Durda, entre as quais figuram o assassinato de civis, tentativa de desestabilizar o país e sequestro.

O acusado negou todas as acusações e assegurou que era a primeira vez que as escutava. O advogado de Durda pediu um adiamento por um mês do julgamento com o objetivo de estudar o processo para preparar a defesa em melhores condições.

Apesar do protesto da promotoria, o juiz fixou a data da próxima sessão para 26 de junho.

Amre Durda ocupou durante a era Kadafi vários postos de responsabilidade, entre eles o de primeiro-ministro no início da década de 1990.

Durda foi nomeado por Kadafi no início da revolta que eclodiu em 7 de fevereiro de 2011 para negociar com os rebeldes. O funcionário foi capturado antes do final da revolução, quando tentava fugir.

Mais de um ano após a re­­volta, a violência no país ain­­da persiste. Na segunda-feira, uma milícia interrompeu os voos no aeroporto de Trípoli para reivindicar a libertação de um líder do grupo, que havia sido preso por forças do governo.

As forças de segurança retomaram o controle do aeroporto depois de o presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, Mustafa Abdel Jalil, ter iniciado negociações diretas com os milicianos da brigada de "Al Awfiya" (Os Fiéis), da cidade de Tarhuna, a 90 quilômetros ao sul de Trípoli.

Em 8 de maio, um grupo de milicianos que protestava pela falta de pagamento de indenizações prometidas pelo Conselho Nacional de Transição (CNT) realizou um ataque armado contra a sede do Executivo, no qual morreram duas pessoas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]