Abdel Basset al-Megrahi, o líbio condenado pelo atentado que matou pelo menos 270 pessoas em Lockerbie, sudoeste da Escócia, em 1988, afirmou que sua participação no ataque foi aumentada pelo Ocidente e que as verdades sobre a organização do atentado virão à tona em breve. Al-Megrahi, que foi libertado há dois anos da prisão escocesa onde cumpria pena, afirma que seu julgamento na Holanda, sob jurisdição escocesa, foi uma farsa. Ele sofre de um câncer terminal e cedeu a entrevista à agência Reuters deitado na cama de seu quarto, em sua residência na capital líbia, Trípoli.
"As verdades sobre o atentado de Lockerbie virão à tona em breve. Em poucos meses, novos fatos serão divulgados. Os ocidentais exageraram usando meu nome como o responsável pelo atentado. Peço que me deixem em paz. Eu só tenho mais alguns dias de vida", pediu.
Em dezembro de 1988, uma bomba derrubou o voo Pan Am voo 103, que ia de Londres para Nova York. O ataque matou os 259 passageiros que estavam a bordo e outras 11 pessoas que foram atingidas por destroços no solo. Al-Megrahi, que serviu no serviço de inteligência do regime do ex-ditador líbio Muamar Kadafi, se diz inocente e nega que tenha cometido abusos contra os direitos humanos durante o governo de Kadafi.
"Eu era um funcionário administrativo. Eu nunca prejudiquei o povo líbio. Eu nunca prejudiquei ninguém na minha vida."
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura