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O primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, afirmou na noite de hoje (hora local) que se submeterá a uma votação partidária amanhã sobre sua liderança. A decisão é tomada após Rudd ser desafiado pela vice-premier do país, Julia Gillard.

Rudd disse estar confiante de que aplacará o descontentamento em seu próprio Partido Trabalhista e pretende concluir "o mandato do povo australiano". O líder afirmou que foi eleito "pelo povo da Austrália". "Eu não fui eleito pelos líderes de facções do Partido Trabalhista Australiano para fazer um trabalho - ainda que eles possam estar buscando fazer o trabalho por mim."

Facções à direita no partido retiraram o apoio a Rudd. Ele tem perdido popularidade na Austrália e é criticado por uma série de erros políticos, incluindo um atraso significativo em um projeto para reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa e um imposto proposto para taxar lucros excessivos de mineradoras.

Rudd disse que é "bastante capaz" de vencer a disputa interna do partido de centro-esquerda. A liderança do partido majoritário, no sistema parlamentarista, significa também o posto de primeiro-ministro. Logo, em caso de derrota, Rudd perderá o poder no partido e a liderança do país.

O premier reconheceu que houve erros em sua administração. "Mas de conduzir esta economia por meio da pior crise que o mundo já viu, mantendo centenas de milhares de australianos em seus empregos, que de outro modo estariam desempregados, disso estou bastante orgulhoso."

Já a vice-premier confirmou que pretende desafiar o atual líder. "Eu confirmo que irei ser uma candidata na disputa de amanhã e não tenho mais nada a dizer além disso no momento", afirmou Julia, em entrevista veiculada pela Sky TV. As próximas eleições gerais na Austrália estão marcadas para abril do ano que vem. As informações são da Dow Jones.

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