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Urna que será usada nas eleições venezuelana neste domingo
Urna que será usada nas eleições venezuelana neste domingo (28)| Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez

Diosdado Cabello, dirigente considerado o número 2 do chavismo na Venezuela, deu declarações que esquentam ainda mais o clima das eleições do país, previstas para ocorrerem neste domingo (28). O vice-presidente do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) participou de um encontro na sexta-feira com os "acompanhantes internacionais" aceitos para observar o pleito, incluindo integrantes da ala mais dura do kirchnerismo argentino.

"Apenas nós podemos garantir a paz em todo o território nacional. Porque a direita hoje ameaça e diz que vai ficar nos centros eleitorais. Nós também vamos, em todos eles, e o nosso povo vai ficar lá para verificar, acompanhar os eleitores, acompanhar as eleições e ficar nas ruas para garantir a paz", disse Cabello, em resposta à líder da oposição, María Corina Machado, que pediu para os eleitores do candidato Edmundo González Urrutia fiscalizarem as sessões eleitorais.

Cabello reforçou o discurso de seu camarada Nicolás Maduro, que concorre a mais uma reeleição e disse que haveria um "banho de sangue" na hipótese da oposição vencer a disputa eleitoral. "Se ocorrer um ato de violência diferente, será por parte da oposição. Eles declararam isso. No entanto, o Estado venezuelano tomará as medidas necessárias para garantir a tranquilidade deste processo eleitoral", enfatizou o político.

O número 2 do chavismo fez pouco caso dos Estados Unidos, país que está atento ao pleito deste domingo. "Eles colocam uma etiqueta no final: 'eleições críveis'. Críveis para quem? Para o imperialismo? Nesse momento, não nos importamos com o que o imperialismo diz sobre as eleições na Venezuela, não nos importamos nem um pouco. Eles terão de reconhecer o que o povo decidir em 28 de julho. O que eles podem fazer conosco?"

Em seu programa de TV, Cabello zombou do grupo de políticos internacionais, simpatizantes da candidatura de Urrutia, que foram impedidos de embarcar do Panamá para a Venezuela e acompanhar o processo eleitoral. "Eles acham que na Venezuela se entra assim. E achavam que quando chegassem íamos ficar com medo. Se você não é convidado para uma festa, o que te dizem? Não vá! Até há pessoas que gentilmente dizem: 'por favor, seja gentil e vá embora, você está bloqueando o caminho para os outros, caia fora'", gozou Cabello, tirando risos do auditório presente.

"Essas pessoas já demonstraram com seu comportamento habitual que são inimigos deste país. Eles são fascistas e aqui na Venezuela, se não forem convidados, não virão aqui para nos ferrar. Este país se respeita!", concluiu o dirigente.

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