O líder comunista russo, Gennady Zyuganov, denunciou nesta segunda-feira que o partido governista Rússia Unida (RU) sofreu uma "derrota arrasadora" nas eleições parlamentares de domingo, mas lhe deram até 15% de votos além dos que realmente obteve.

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"As eleições foram absolutamente ilegítimas tanto do ponto de vista jurídico quanto moral", afirmou Zyuganov em entrevista coletiva.

O político, que lidera a segunda força mais votada nas eleições legislativas, afirma que a RU obteve 49,54% dos votos de acordo com os resultados oficiais não definitivos, mas foram "acrescentados entre 12 e 15%".

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Zyuganov acrescentou que o Partido Comunista da Rússia vai defender "na rua e no âmbito jurídico" a votação obtida por sua formação no pleito.

Ele anunciou que recorrerão dos resultados de pelo menos 1.600 colégios eleitorais, onde as atas não correspondem com o cômputo paralelo realizado pelos observadores comunistas.

"Apesar do roubo de votos, dobramos nossa representação parlamentar. Os 90 mandatos nos dão a possibilidade de colocar uma série de iniciativas, incluindo a apresentação de uma moção de censura ao governo", afirma.

De acordo com os resultados oficiais não definitivos, os comunistas alcançaram 19,16% dos votos, quase o dobro dos votos obtidos há quatro anos.

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