O líder cubano Fidel Castro se recupera satisfatoriamente de uma cirurgia no estômago, disse o vice-presidente do país no sábado, enquanto fontes do governo afirmavam que ele havia começado a comer e a sentar-se na cama.
Autoridades brasileiras negaram uma reportagem de um jornal de que haviam sido informadas por membros do governo cubano de que o revolucionário veterano tinha um tumor maligno no estômago e que possivelmente nunca mais retornaria ao poder.
O vice-presidente Carlos Lage, em declarações durante sua viagem à Bolívia, foi a terceira autoridade cubana nos últimos dois dias a assegurar à nação comunista de que Castro está se recuperando bem da cirurgia para estancar uma hemorragia interna.
Mas ele não deu mais detalhes na reportagem da agência governamental Prensa Latina.
Em Havana, onde os residentes foram surpreendidos com o anúncio, na segunda-feira, de que o "comandante" havia temporariamente entregado o poder ao seu irmão Raúl Castro, fontes que conversaram com autoridades do governo disseram que apesar de ele ainda não poder receber alta, está em boas condições para um homem de 79 anos.
- Eu fui informado que Fidel está melhorando, ele já comeu algo e sentou-se - disse uma fonte à Reuters, que pediu para não ser identificada.
Outras autoridades foram informadas de que Castro havia saído do tratamento intensivo e começava a se recuperar.
O irmão de Fidel ainda não foi visto publicamente desde que assumiu o poder, provocando incerteza sobre o futuro de Cuba e especulações de que os 47 anos de governo de Castro estejam chegando ao fim.
Em Caracas, uma fonte do governo venezuelano afirmou que seria improvável o presidente Hugo Chávez ir a Havana neste final de semana para visitar seu amigo Castro. Sua viagem poderia indicar que o líder cubano está lúcido e em condições de receber visitas.
No entanto Daniel Ortega, o ex-presidente de esquerda da Nicarágua, foi a Cuba no sábado para checar o estado de Castro.
A secretária de Estado americana Condoleezza Rice afirmou na sexta-feira à noite, em uma mensagem aos cubanos, que "muita coisa está mudando por lá" e esta seria a hora para pressionar por uma democracia.
- Ninguém vai ouvir uma mensagem que venha de um funcionário de um governo estrangeiro - replicou o ministro da Cultura cubano, Abel Prieto.
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