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Formação do novo governo direitista da Holanda é encabeçada pelo líder do Partido da Liberdade (PVV), Geert Wilders
Formação do novo governo direitista da Holanda é encabeçada pelo líder do Partido da Liberdade (PVV), Geert Wilders| Foto: EFE/EPA/Bart Maat

A direita nacionalista liderada por Geert Wilders concluiu nesta segunda-feira (1º) com sucesso a formação de um governo na Holanda, em coligação com outros três partidos de direita, que terá como primeiro-ministro Dick Schoof, de perfil tecnocrata e especialista em segurança e asilo, à frente de uma equipe de ministros com experiência política.

Segundo o relatório apresentado nesta segunda ao Parlamento, o futuro governo terá 15 ministros e, apesar da promessa inicial de que metade seria formada por tecnocratas, em última análise, todos os membros do gabinete vêm da política: cinco do direitista nacionalista PVV de Wilders, quatro do liberal VVD, quatro do democrata-cristão NSC e dois do camponês BBB.

O novo gabinete holandês, que não incluirá Wilders nem líderes dos outros três partidos, passará os próximos dois meses focado em detalhar o programa de governo depois de tomar posse amanhã, encerrando quase 14 anos de legislaturas do liberal Mark Rutte, que despede-se para assumir o cargo de secretário-geral da Otan em outubro.

O relatório, apresentado pelo mediador Richard van Zwol, destaca que o programa do futuro governo “será apresentado aos Estados Gerais a tempo do Dia do Orçamento”, na terça-feira, 17 de setembro, e será também “dedicado à qualidade legislativa e à viabilidade das propostas políticas e legislativas” que o acordo inicial inclui em termos gerais.

O documento, que não oferece muitas informações sobre a forma como será aplicado o pacto governamental, frisa que os cortes previstos sobre os funcionários públicos serão feitos de “forma responsável e exequível” e “será dada especial atenção à importância de um regime adequado de supervisão (inspeções) e uma rede adequada de missões no exterior”.

Os quatro partidos incluíram no acordo uma redução de 22% no serviço público, o que alarmou muitos ministérios, como o das Relações Exteriores, que teme o fechamento de embaixadas.

No início desta manhã, a nova equipe de ministros reuniu-se formalmente pela primeira vez no que é chamado de “reunião constitutiva”, sob a liderança de Schoof e Van Zwol.

A deputada Fleur Agema (PVV) declarou que está “muito orgulhosa” de ser a futura vice-primeira-ministra e ministra da Saúde Pública do gabinete “mais direitista” da história holandesa, embora “com um coração social caloroso”. “Eu cuidarei disso”, declarou.

Sua colega do PVV, Marjolein Faber, que ficará responsável pelo novo Ministério de Migração e Asilo, falou de “um dia histórico” para a Holanda e ressaltou que não quer “olhar para trás, apenas para frente”.

Van Zwol vai encontrar-se hoje com o rei holandês Willem-Alexander e apresentá-lo a Schoof, antes da posse do governo nesta terça-feira (2).

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