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O Tribunal Penal do Cairo condenou neste sábado à prisão perpétua o líder da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie, e outros 13 líderes do grupo, pelo assassinato de manifestantes durante distúrbios registrados em junho de 2013 no Cairo, informou à Agência Efe uma fonte judicial.

Segundo a fonte, no julgamento, no qual foram processados um vários membros da cúpula da organização islamita, considerada terrorista pelas autoridades, vários suspeitos foram condenados à morte.

Os fatos ocorreram no final de junho de 2013, quando morreram nove manifestantes opositores ao ex-presidente islamita Mohammed Mursi durante distúrbios ocorridos diante da sede da Irmandade Muçulmana no bairro de Al Moqatam.

Além de Badie, guia supremo da confraria sobre quem pesam várias prisões perpétuas, receberam a mesma pena o “número dois” da organização, Jairat al Shater, além de Rashad Bayumi e do ex-presidente do parlamento Mohammed Katatni.

Todos foram considerados culpados de instigar a morte dos manifestantes, levar de forma ilegal armas e pertencer a um agrupamento armada, em alusão aos Irmãos, ilegalizados e posteriormente declarados grupo terrorista em dezembro de 2013.

Os distúrbios ocorreram no marco dos grandes protestos contra Mursi que culminaram no golpe de estado de 3 de julho do 2013.

A mesma corte decidiu hoje o adiamento até a próxima terça-feira do julgamento de Mursi e outras dez pessoas, acusadas de revelar documentos classificados da segurança nacional egípcia ao Catar.

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