O líder da oposição, Mohamed Basindawa, deve formar um governo de união nacional no Iêmen, para o período que antecede a partida do presidente Ali Abdallah Saleh, prevista para fevereiro. A decisão foi publicada neste domingo (27) por meio de um decreto do vice-presidente, Abd Rabbo Mansour Hadi, a quem Saleh entregou o poder.
A oposição havia apresentado na sexta-feira a candidatura de Basindawa ao cargo de primeiro-ministro, baseada no acordo sobre a transição do poder firmado no dia 23 de novembro, em Riad, que prevê a saída do presidente Saleh no prazo de 90 dias.
Basindawa deve formar, no prazo de duas semanas, um governo no qual a oposição e o partido de Saleh, o Congresso Popular Geral (CPG), dividirão os ministérios em partes iguais, segundo o acordo de Riad.
Nascido em Aden, no sul do Iêmen, Basindawa foi ministro de Relações Exteriores de Saleh antes de romper com o regime e com o CPG, há dez anos.
Saleh, 69 anos e há 33 no poder, firmou na quarta-feira passada, em Riad, o plano elaborado pelas monarquias do Golfo que prevê sua saída em 90 dias, em troca de imunidade para ele e sua família, e da formação de um governo de unidade nacional até eleições presidenciais antecipadas, programadas para 21 de fevereiro de 2012.
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