O líder da oposição na Venezuela, Leopoldo Lopez, lançou neste sábado (24) sua campanha pela presidência do país, desafiando o presidente Hugo Chávez a aceitá-lo na corrida depois que uma corte de direitos humanos derrubou a proibição a sua candidatura. Lopez disse em discurso a milhares de venezuelanos que Chávez não deveria tentar impedi-lo de concorrer às eleições presidenciais. "Desde 2008, ele está procurando um mecanismo de me tirar do jogo político", afirmou Lopez. "Senhor presidente, I me pergunto: o senhor está com medo de mim?"
A máxima autoridade anticorrupção da Venezuela havia barrado Lopez de concorrer a cargos públicos, mas a Corte Inter-Americana de Direitos Humanos, com sede na Costa Rica, ordenou no início deste mês que as autoridades venezuelanas deixem Lopez a se candidatar nas eleições.
Chávez criticou a decisão da Corte. As autoridades do governo e da justiça eleitoral da Venezuela informam que vão aguardar a decisão sobre o assunto da Suprema Corte venezuelana. "Direitos são conquistados e batalhados. Lutamos pelo nosso direitos e os conquistamos", disse Lopez para uma plateia de milhares de venezuelanos.
Ele exortou Chávez a aceitar a decisão da Corte e não "se esconder atrás" de outras instituições públicas. Lopez disse que outros ex líderes latino-americanos como Augusto Pinochet do Chile, Jorge Videla da Argentina e Alberto Fujimori do Peru também tentaram desprezar decisões da Corte. "Decida se você quer está no lado da história da democracia ou do lado da história juntamente com Pinochet, Fujimori e Videla, que também tentaram violar tais decisões", afirmou Lopez.
O ex prefeito do distrito de Caracas foi impedido de concorrer a cargo público em 2005 pelo controlador geral da Venezuela, um aliado de Chávez. Lopez foi acusado de receber doações em prol de uma organização que ele liderava entre 1998 e 2001. As doações foram feitas pela companhia petrolífera estatal da Venezuela, onde sua mãe trabalhava na época. As informações são da Associated Press.
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