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Líder da oposição, María Corina vota na Venezuela e diz que “liberdade é iminente”
A líder da oposição, María Corina Machado, afirmou que esta eleição é o “ato cívico mais importante na História da Venezuela”.| Foto: Ronald Peña R./EFE.

A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, votou na eleição deste domingo (28) e defendeu que a "liberdade é iminente" no país. Ex-deputada, ela era o nome favorito da oposição para vencer o ditador chavista, Nicolás Maduro. No entanto, foi declarada inelegível por 15 anos pelo Supremo Tribunal de Justiça.

María Corina votou em uma seção eleitoral de Caracas. Ela foi a fiadora da candidatura do principal candidato opositor, Edmundo González Urrutia.

Pouco antes de chegar ao local de votação, ela convocou os eleitores nas redes sociais: “Vem comigo votar e vamos mostrar ao mundo que a nossa liberdade é iminente”.

Para a líder da oposição, o pleito é o “ato cívico mais importante na História da Venezuela”. Ela ressaltou que o comparecimento às eleições presidenciais é “apoteótico”, destacando a organização dos cidadãos, que se dirigiram às seções eleitorais desde o início da manhã.

“Vimos como os centros estão cheios de gente. Em todos os centros do país o que estamos vendo é uma participação apoteótica e me sinto muito orgulhosa de ser venezuelana e destas nossas gerações que, em um dia como hoje, superando todos e cada um dos obstáculos, estão realizando um sonho”, declarou Machado, após votar.

María Corina Machado diz que incidentes em seções eleitorais foram exceções

María Corina indicou que houve apenas incidentes em 1.300 seções eleitorais, das 30.026 instaladas, no início da jornada eleitoral, mas que foram resolvidos, de modo que apenas 12 permanecem com “alguns problemas”.

A opositora denunciou que há seções eleitorais nas quais se pede a “digitalização” da carteira de identidade, um requisito que não está contemplado na legislação, razão pela qual pediu que isso seja eliminado como procedimento e que o processo de votação seja acelerado.

Machado enfatizou que esses relatos de incidentes durante o dia foram exceções, já que, segundo ela, o processo de votação foi pacífico.

“Também quero reconhecer que, até agora, o comportamento do Plano República (das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas), como esperávamos, está de acordo com o mandato que os cidadãos militares têm no artigo 328 da Constituição”, acrescentou, referindo-se ao fato de que a instituição militar é “profissional, sem militância política”.

Maduro e González já votaram

Mais de 21 milhões de pessoas foram convocadas para o pleito, para escolher entre dez candidatos, entre eles González e Maduro. O voto não é obrigatório no país.

O ditador votou em Caracas e disse ter sido “perseguido” e que pretende reconhecer os resultados. “O único candidato perseguido fui eu, Nicolás Maduro Moros. Perseguido internacionalmente, pelos poderes do mundo”, afirmou.

“Teve paz. Nenhum incidente eleitoral. Não deram nem um tapa em um candidato. É assim em toda a América Latina? Não. Ontem, eu falei com delegados internacionais e me falavam de casos de outros países em que tem dezenas de candidatos assassinados. Graças a Deus na Venezuela temos um país coeso e em paz”, acrescentou o ditador.

O candidato presidencial da oposição majoritária – a Plataforma Unitária Democrática (PUD) – Edmundo González Urrutia, disse estar confiante de que as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas “garantirão que os resultados das eleições sejam respeitados”.

O ex-embaixador, que assegurou que mais de 99% das seções eleitorais estão operando normalmente, pediu aos venezuelanos que verifiquem qualquer informação relacionada ao processo. Ele advertiu que “os boatos profissionais são muito ativos na tentativa de confundir o povo”.

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