O líder do principal bloco da oposição síria, Burhan Ghalioun, admitiu nesta quinta-feira após renunciar que o Conselho Nacional Sírio (CNS) está com várias divisões e não cumpriu com as expectativas e os sacrifícios dos sírios. "Nós não estávamos à altura dos sacrifícios do povo sírio. Nós não respondemos às necessidades da revolução o suficiente e de uma maneira rápida", disse Ghalioun. Segundo ele, o CNS está dividido entre islamitas e seculares.
Ghalioun falou após o CNS ter anunciado que aceitou sua renúncia mas ter pedido a ele que fique até a eleição de um novo líder em um encontro em 9 e 10 de junho. Ele anunciou a renúncia em 17 de maio para evitar divisões dentro do bloco opositor, após ativistas o terem acusado de monopolizar o poder e ser autoritário, informa a Agência France Presse (AFP). Ghalioun vive em Paris, embora a sede do CNS esteja na Turquia.
"Eu submeti minha renúncia precisamente para dizer que esse caminho de divisão entre islamitas e seculares não funciona e eu acredito que o regime sírio venceu nesse aspecto, porque desde o começo tentou jogar com essa divisão", disse Ghalioun. "Alguns dos seculares e mesmo aqueles próximos a mim, infelizmente, jogaram esse jogo e agora são uma ameaça de cortar a revolução em duas alas, as quais ao contrário de cooperar se arriscam a entrar em confronto uma com a outra, antes mesmo de vencerem".
Ghalioun foi escolhido em votação em 15 de maio do ano passado em Roma. Ele disse que após a renúncia continuará como intergrante do CNS.
As informações são da Dow Jones.
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