O chefe máximo da guerrilha colombiana das Farc, Rodrigo Londoño Echeverry, conhecido como "Timochenko", está disposto a apostar na reconciliação, assegurou em uma carta divulgada neste domingo (04) na qual reafirma a decisão de libertar dez militares e proibir o sequestro extorsivo.

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"Acreditamos que vale a pena tentar romper este círculo maldito e apostar na reconciliação e na paz", disse na carta enviada a Marleny Orjuela, uma das líderes da ONG "Colombianas e colombianos pela paz", que mediou a libertação de militares e policiais em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, comunista).

"É uma pena que todos os dias seja derramado sangue de colombianos humildes em um longo confronto. Não deveriam morrer militares nem policiais. Tampouco tinham que morrer os guerrilheiros. Talvez fosse melhor que não existissem nem uns nem outros", acrescentou "Timochenko" na carta datada de sábado.

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O chefe máximo das Farc, após acusar o presidente Juan Manuel Santos de buscar a "rendição e a entrega" desta guerrilha, convocou Orjuela a perseverar para "não deixá-los cumprir seus planos".

Santos condicionou a possibilidade de iniciar um diálogo direto com as Farc com a libertação de todos os sequestrados, o fim de suas ações "terroristas" e a exclusão de suas fileiras dos menores de 18 anos.

Na carta, publicada no site das Farc (www.farc-ep.co), 'Timochenko' mantém a promessa de libertar dez militares, ao destacar que "os soldados e policiais que serão libertados contaram com melhor sorte que os milhares e milhares de desaparecidos, que as milhares de vítimas de falsos positivos"

Assim, se referiu a centenas de civis executados por militares e apresentados como guerrilheiros mortos em combate, crime que já fez com que vários militares fossem condenados.

Também endossou a decisão das Farc de não voltar a cometer sequestros com propósitos econômicos, como anunciou no dia 26 de fevereiro.

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