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Extremo oriente

Líder de culto que matou 29 pessoas é executado no Japão

Shoko Asahara, líder do culto da Verdade Suprema e que foi executado nesta sexta, fala durante palestra realizada em 1989 | Japan News/Yomiuri
Shoko Asahara, líder do culto da Verdade Suprema e que foi executado nesta sexta, fala durante palestra realizada em 1989 (Foto: Japan News/Yomiuri)

O ex-líder do culto da Verdade Suprema, Chizuo Matsumoto, também conhecido como Shoko Asahara, foi executado na manhã desta sexta-feira, em Tóquio (Japão). A mesma sentença foi aplicada a seis de seus seguidores em outras prisões do país asiático.

Nascido em uma família pobre de fabricantes de tatame, Matsumoto, que era cego, atraiu milhares de seguidores para sua seita, profetizando um apocalipse no qual os membros do culto tomariam o poder e alcançariam a salvação. 

Matsumoto e seus seguidores foram condenados pela realização de ataques hediondos e terroristas, incluindo o uso do gás tóxico Sarin em Nagano (220 km a noroeste de Tóquio), em 1994, e no metrô de Tóquio, em 1995, e o assassinato do advogado Tsutsumi Sakamoto e sua família em 1989. Os crimes resultaram na morte de 29 pessoas e deixaram mais de 6,5 mil feridos.

A Justiça japonesa também descobriu o envolvimento do culto em outros dez incidentes, incluindo o sequestro, carcere provado e morte de Kiyoshhi Kariya, chefe de um cartório em Tóquio, e o assassinato de um homem, no qual foi usado o gás VX, altamente tóxico. 

Processo demorado

Matsumoto foi preso em maio de 1995 e indiciado em 17 casos. O primeiro julgamento foi realizado em abril de 1996 pelo Tribunal Distrital de Tóquio. O enorme volume de provas e o número de testemunhas prolongaram o julgamento. 

Em fevereiro de 2004, o tribunal sentenciou Matsumoto à morte, afirmando que ele havia planejado todos os crimes. Em março de 2006, o Supremo Tribunal de Tóquio rejeitou o seu recurso sem realizar uma audiência pública porque os advogados não apresentaram os documentos necessários dentro do prazo. A sentença de morte foi confimado em setembro de 2006. 

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Um total de 192 suspeitos foram indiciados nos casos e 190 condenados. Doze deles, não incluindo Matsumoto, que estavam envolvidos em pelo menos um dos três grandes incidentes - o assassinato da família Sakamoto e os ataques com o gás sarin em Nagano e Tóquio - tiveram suas sentenças de morte confirmadas pelo Supremo Tribunal entre de maio de 2005 e dezembro de 2011. 

A ministra da Justiça, Yoko Kamikawa, disse que “a agonia e o sofrimento sofridos daqueles cujas vidas foram tiradas e de seus familiares, bem como as pessoas que ficaram incapacitadas [como resultado dos crimes cometidos pelo culto], devem ser inimagináveis.”

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