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José Adolfo Macias, líder do grupo criminoso Los Choneros, do Euqador
José Adolfo Macias, líder do grupo criminoso Los Choneros, do Euqador| Foto: Reprodução/Forças Armadas do Equador

Autoridades do Equador investigam a fuga da prisão do líder do grupo criminoso Los Choneros, uma das principais gangues envolvidas com o narcotráfico no país.

O comandante nacional da polícia equatoriana, general Cesar Zapata, afirmou durante uma coletiva, neste domingo (7), que as forças armadas confirmaram o "desaparecimento" de um dos detidos na penitenciária de Guayaquil, sem mencionar o nome do preso.

No entanto, a promotoria de Justiça detalhou mais tarde que se trata de José Adolfo Macias, o "homem mais procurado no país", líder de Los Choneros, também conhecido como “Fito”. Ele foi condenado em 2011 a 34 anos de prisão por vários crimes, incluindo tráfico de drogas e homicídio.

Desde o conhecimento da suposta fuga, a polícia do Equador lançou uma operação para recaptura do criminoso. “Estamos gratos pela coragem e empenho das forças policiais, que, numa operação que envolveu mais de 3 mil pessoas, intervieram na prisão em busca do prisioneiro mais procurado”, disse o porta-voz presidencial Roberto Izurieta.

Nos últimos anos, o Equador tem sido marcado pelo aumento do poder das organizações que lutam pelo controle do tráfico de drogas no país. Esse movimento do crime fez com que as ruas do país, que antes viviam um cenário de certa estabilidade, se transformassem em um campo de batalha marcado por violência, assassinatos e a influência devastadora do crime organizado.

Em 2017, a taxa de homicídios no Equador era de 5,6 por 100 mil habitantes, uma das mais baixas da América Latina. No entanto, esse índice disparou nos últimos anos e chegou a 25,5 assassinatos por 100 mil habitantes em 2022.

As facções criminosas, como Los Choneros e Los Lobos, desempenham papéis centrais nesse cenário. Los Choneros, ligada ao Cartel de Sinaloa, do México, costumava ser a facção dominante no Equador. No entanto, após a morte de seu líder, Jorge Luis Zambrano, em 2020, o grupo perdeu sua hegemonia no país.

Isso abriu caminho para Los Lobos: são mais de 8 mil membros distribuídos pelas cidades e prisões equatorianas. O grupo está envolvido nos grandes massacres em prisões do Equador, no tráfico de drogas e até na mineração ilegal.

Atualmente, Los Lobos competem com outras facções, como a Los Tiguerones, que nasceu dentro da Los Choneros, pelo controle das prisões no Equador e do tráfico de drogas no país. A organização criminosa colabora com o cartel mexicano Jalisco Nova Geração (CJNG), que busca controlar as rotas de cocaína no país e ampliar sua influência na região.

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