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Vladimir Cerrón

Líder de partido marxista é condenado a três anos de prisão no Peru

Imagem da sala virtual onde Vladimir Cerrón escutou sua sentença (Foto: Reprodução/EFE)

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O secretário-geral do partido marxista Peru Livre, Vladimir Cerrón, responsável por levar Pedro Castillo à presidência do Peru em 2021, foi condenado nesta sexta-feira (6) a três anos e meio de prisão pela Justiça peruana. O Tribunal Penal Transitório de Apelações Especializado em crimes de corrupção de funcionários públicos de Junín emitiu a sentença, destacando o crime de conluio.

A condenação é resultado da análise dos termos de uma sentença de primeira instância que havia condenado Cerrón a quatro anos de prisão em fevereiro. Além da pena de prisão, o tribunal determinou o pagamento de uma indenização civil e a inabilitação de Cerrón para ocupar qualquer cargo público durante o período em que estiver cumprindo a sentença.

Vladimir Cerrón, que também foi governador da região de Junín entre 2011 e 2014, enfrentou acusações relacionadas ao caso "Aeródromo Wanka".

O caso "Aeródromo Wanka" refere-se a uma situação ocorrida em junho de 2014, quando Cerrón ainda era o governador do estado de Junín. Na época, ele e representante legal do consórcio conhecido como "Gran Aerodromo Wanka", Luis García Morón fecharam um contrato para a construção de um aeródromo na região, sem considerar as recomendações do setor de investimentos do Ministério da Economia e Finanças do Peru.

O Ministério Público peruano argumentou que o Governo de Junín, liderado por Cerrón naquela época, agiu indevidamente ao não levar em conta um parecer técnico do Ministério dos Transportes e Comunicações do país, que havia afirmado por meio de um relatório que a região de Junín já possuía um aeroporto e, portanto, investir na construção de um novo aeródromo seria desnecessário.

O Ministério Público concluiu que a decisão do governo de avançar com o projeto de construção do aeródromo, desconsiderando as orientações do Ministério dos Transportes, configurou um ato de conluio. A falta de alinhamento entre as autoridades regionais e nacionais sobre a necessidade do novo aeródromo levou também a uma acusação de má conduta por parte do governo de Cerrón.

Nesta sexta, o tribunal de apelações também condenou Serafín Blanco e Luis García a três anos e meio de prisão como cúmplices no mesmo caso.

Ao proferir a sentença, o tribunal ressaltou a presença de "provas circunstanciais" contra Cerrón e a ausência de "falhas processuais" na avaliação das provas pelo juiz de primeira instância. O julgamento sobre o caso do aeródromo havia iniciado em janeiro de 2022.

Vladimir Cerrón, um neurocirurgião peruano de 52 anos, liderou o partido Peru Livre, autodenominado marxista, que foi fundamental para a vitória de Pedro Castillo nas eleições presidenciais de 2021. Castillo foi destituído do cargo em 7 de dezembro de 2022, após uma tentativa de autogolpe, e enfrenta atualmente acusações de rebelião e conspiração, além de liderar uma suposta rede de corrupção no governo. (Com Agência EFE)

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