O líder do principal bloco de oposição da Síria, Burhan Ghalioun, renunciou formalmente a seu posto, informou nesta quarta-feira (23) um comunicado do Conselho Nacional Sírio após dois dias de reunião em Istambul.

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"O gabinete do conselho decidiu aceitar a renúncia e pedir ao presidente do conselho que siga com seu trabalho até a eleição de um novo presidente no encontro de 9 e 10 de junho", afirmou.

Na última quinta, Burhan Ghalioun já havia dito que poderia renunciar ao comando da organização após acusações de ativistas de que ele monopoliza o poder. O líder opositor foi reeleito na terça-feira (22) para o terceiro mandato de três meses consecutivo.

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Ghalioun disse, em entrevista à emissora de televisão Al Jazeera, que sairia do comando do CNS para evitar uma divisão da oposição síria caso aconteçam novas eleições.

"Venci a disputa e ganhei a legitimidade do Conselho Nacional, mas penso que a real legitimidade é dada pelas pessoas nas ruas e os jovens que lutam em campo", afirmou o líder, que renunciará "imediatamente após a aprovação de um candidato que será aceito pela militância revolucionária nas ruas".

Divergências

Os Comitês de Coordenação Local, uma das principais organizações opositoras, ameaçou sair do Conselho Nacional Sírio pela falta de colaboração do presidente nos protestos na Síria e pelo "monopólio de poder".

"Não vemos nada nos últimos meses a não ser a incompetência política do conselho e a falta total de consenso entre a visão deles e a dos revolucionários", informou a rede, em comunicado.

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O Conselho Nacional Sírio é um grupo composto de correntes étnicas do país árabe contra o ditador Bashar al Assad, criado após o início dos protestos contra o regime, em março de 2011, para representar o país no exterior.

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