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Iraque

Líder do EI pede obediência em sua primeira aparição pública em Mossul

Frame do vídeo que mostra o líder Abu Bakr al-Baghdadi dando o sermão durante as orações em uma mesquita em Mosul | EFE/EPA/FURQAN MEDIA
Frame do vídeo que mostra o líder Abu Bakr al-Baghdadi dando o sermão durante as orações em uma mesquita em Mosul (Foto: EFE/EPA/FURQAN MEDIA)

O líder do grupo jihadista radical Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi, pediu obediência a seus seguidores em sua primeira aparição pública, durante a reza da sexta-feira (4) na Grande Mesquita da cidade iraquiana de Mossul.

O vídeo divulgado neste sábado (5) em foros jihadistas, de 20 minutos de duração, mostra o autoproclamado califa fazendo o sermão religioso no "minbar" (púlpito) do templo.

Baghdadi pediu obediência aos fiéis, que também devem ser tementes a Deus. "Se tem fé em Deus e trabalha bem irá governar a terra como prometeu Deus aos crentes", disse o líder do EI, de longa barba e vestido com túnica e turbante negro.

A presença de Baghdadi em Mossul, a segunda cidade do Iraque, que está nas mãos da insurgência sunita desde 10 de junho, foi confirmada à Agência Efe por um ativista da cidade.

As imagens mostram vários fiéis acompanhando o sermão e vários homens armados nas colunas do templo, que fica no centro de Mossul.

A bandeira do EI aparece pendurada na mesquita perto do "mihrab", o nicho que indica a direção da Meca, para onde todos os muçulmanos devem olhar ao rezar.

Nos foros jihadistas que publicaram o vídeo Baghdadi é apresentado como "o califa Ibrahim, emir dos crentes no estado islâmico".

Ibrahim ibn Awad, mais conhecido como Abu Bakr al-Baghdadi, se proclamou no domingo passado "imã e califa para os muçulmanos de todo o mundo".

O EI, facção radicalizada da Al Qaeda, declarou um califado islâmico que vai da província síria de Aleppo até o estado iraquiano de Diyala, após os últimos avanços que fez no Iraque.

Em 1º de julho, Baghdadi exigiu que todos os muçulmanos emigrem de forma "obrigatória" ao califado porque ele "pertence a todos os muçulmanos" e não só ao Iraque e à Síria.

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