O líder do grupo extremista Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, teria morrido ontem, de acordo com rumores que circulam na mídia. A notícia, que não foi confirmada pelas agências de notícias internacionais, foi creditada à Rádio Iran.
Fontes do jornal britânico “The Guardian” dizem que Baghdadi ainda está vivo, mas que teria perdido os movimentos devido a um ferimento na coluna vertebral sofrido durante um bombardeio americano. Já a agência iraquiana Waradana disse que seu substituto já prestou juramento como líder do grupo radical.
“Após o ferimento de Baghdadi, (Abu Alaa) Afri começou a liderar o Daesh (Estado Islâmico) com a ajuda de membros responsáveis por outras pastas.”
Na semana passada, o “The Guardian” informou que Baghdadi havia sido gravemente ferido durante um bombardeio ocorrido em março e que sua vida corria perigo.
Duas fontes — um diplomata ocidental e um conselheiro iraquiano — confirmaram que o ataque ocorreu no dia 18 de março, em al-Baaj, um distrito de Nínive, perto da fronteira com a Síria. O fato fez com que o líderes do Estado Islâmico convocassem reuniões de emergência. Abu Alaa Afri, um ex-professor de física iraquiano, teria sido indicado como líder temporário do grupo, de acordo com a revista “Newsweek” .
“Após o ferimento de Baghdadi, Afri começou a liderar o Daesh (termo árabe para o Estado Islâmico) com a ajuda de membros responsáveis por outras pastas”, disse à revista Hisham al Hashimi, conselheiro do governo iraquiano. “Ele será o líder do Daesh se Baghdadi morrer.”
Al-Baghdadi tem por volta de 40 anos. Desde que assumiu o comando do Estado Islâmico, em 2010, transformou a filial da al-Qaeda em uma organização independente e transnacional, tornando-se um dos principais terroristas internacionais. Os Estados Unidos oferecem uma recompensa de US$ 10 milhões por sua captura.
Em duas ocasiões anteriores, em novembro e dezembro, houve relatos de que Baghdadi havia sido ferido, mas as informações não foram confirmadas.
Carros-bomba
Pelo menos dez iraquianos morreram e 39 ficaram feridos ontem nas explosões de três carros-bomba em diferentes pontos da capital Bagdá. O Iraque é palco de uma luta entre o exército regular e o Estado Islâmico desde junho do ano passado, quando o grupo extremista proclamou um califado nas áreas sob seu controle no país e na vizinha Síria.