A cúpula militar no Egito autorizou ontem que seu chefe, Abdel Fattah al-Sisi, se candidate à Presidência do país. O anúncio ocorreu no mesmo dia em que Sisi foi promovido a marechal, a patente mais alta do Exército egípcio. Com a promoção, Sisi entra no grupo de militares que alcançaram o posto, como Hussein Tantawi, ex-chefe do governo interino que assumiu o país após a queda do ditador Hosni Mubarak, em 2011.
Homem forte do Egito e popular entre os setores liberais da sociedade egípcia, Sisi foi o líder da deposição do presidente islamita Mohammed Mursi, em julho. Caso confirme sua entrada na corrida presidencial, ele poderá ser o favorito em um cenário sem representantes da Irmandade Muçulmana, banida da vida política no país.
Integrantes do comando militar egípcio afirmam que Sisi deverá anunciar sua candidatura nos próximos dias. Para isso, será obrigado a renunciar ao cargo no comando militar e no Ministério da Defesa. A eleição deverá ocorrer até abril e os postulantes devem se inscrever até 18 de fevereiro.
A antecipação do pleito à Presidência foi anunciada no domingo, uma mudança na ordem original do plano de transição lançado pelos militares após a queda de Mursi. Inicialmente, a escolha dos membros do Parlamento deveria ocorrer antes da votação para presidente.
Tunísia Os tunisianos adotaram ontem uma nova Constituição, num grande passo rumo à democracia no país que deu início às revoluções da Primavera Árabe e conseguiu de modo geral evitar o caos e a violência que castigam nações vizinhas.