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Guerra na Ucrânia

Líder do Grupo Wagner ironiza reportagem sobre venda de informações para Kiev

Bombardeiro-Ucrânia
As tropas russas realizaram ataques com mísseis em Kharkiv e no assentamento de Zolochiv, na Ucrânia, na noite entre 13 e 14 de maio. Edifícios e infraestrutura de transporte foram danificados. (Foto: EFE/EPA/Sergey Kozlov)

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O líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, negou nesta segunda-feira (15) que tenha oferecido à Ucrânia informações sobre a localização de tropas da Rússia para atacá-las, em troca da retirada dos soldados ucranianos da área ao redor da cidade de Bakhmut.

De acordo com documentos vazados na plataforma Discord e citados por The Washington Post, Prigozhin teria feito essa oferta a seus contatos na Diretoria de Inteligência Militar da Ucrânia durante uma viagem à África no final de janeiro, em vista das pesadas baixas que seu grupo mercenário estava sofrendo na cidade ucraniana sitiada.

Mais tarde, o jornal americano removeu o parágrafo que mencionava a África como o local onde Prigozhin teria se reunido com os ucranianos.

"Posso dizer com segurança que não estive na África pelo menos desde o início do conflito (na Ucrânia) e, na verdade, há vários meses antes do início da operação militar especial. É por isso que não poderia ter me encontrado com ninguém lá", escreveu Prigozhin no Telegram.

Ele aproveitou a oportunidade para atacar o jornal dos Estados Unidos: “Este jornal se prostitui", comentou.

No dia anterior, o líder do Wagner já tinha reagido à notícia, mas se limitou a zombar do jornal americano.

Prigozhin acredita que a fonte dessa história poderia ser "algum jornalista (que) tentou marcar pontos com isso" ou funcionários russos de alto escalão que enriqueceram vendendo "petróleo para o Estado Islâmico".

O líder do grupo paramilitar acrescentou que tinha sido avisado sobre a possibilidade de tais ataques por parte de "colaboradores honestos nos EUA, que trabalham com The Washington Post".

Prigozhin recorreu novamente à ironia ao recomendar que seus inimigos políticos na Rússia contratem o opositor, Alexei Navalny, atualmente preso, que é muito mais "eficaz e profissional" nessas questões.

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