O líder do grupo terrorista libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, considerou nesta sexta-feira (5) que sua "batalha" contra Israel serve para "equilibrar" a balança de poder e abriu uma “oportunidade” para que o Líbano recupere territórios disputados em futuras negociações, que condicionou a um fim da guerra de Gaza.
"Estamos perante uma oportunidade histórica para a libertação total de cada centímetro da nossa terra libanesa, e uma verdadeira oportunidade para estabelecer uma nova equação que impeça o 'inimigo israelense' de violar os nossos céus, águas e a soberania do nosso país", afirmou em um discurso transmitido pela televisão por canais relacionados.
“Essa oportunidade foi aberta por esta frente e é uma das bênçãos do apoio a Gaza, mas nenhuma conversa sobre esta questão, nenhum diálogo ou negociação existirá ou terá quaisquer resultados sem parar a 'agressão contra Gaza'”, acrescentou o líder do grupo terrorista.
Nas semanas anteriores à eclosão da guerra de Gaza, em 7 de outubro, veio à luz que Líbano e Israel tinham começado a manter conversas indiretas para delimitar suas fronteiras terrestres, onde existem vários pontos disputados entre eles.
As duas nações estão separadas atualmente pela chamada Linha Azul, uma espécie de fronteira temporária de fato estabelecida pela ONU em 2000 para marcar a linha de retirada das tropas israelenses que ocupavam o sul do Líbano até então.
A eclosão do recente conflito no enclave palestino também desencadeou uma intensa troca de tiros entre Hezbollah e Estado judeu nas zonas fronteiriças entre os dois países, paralisando o suposto diálogo e desencadeando receios de uma nova guerra entre as partes.
Nasrallah garantiu nesta sexta que um dos objetivos da intervenção por parte de seu grupo é “consertar a balança de dissuasão”, o que, segundo ele, poderá "permitir ao Líbano recuperar territórios" disputados uma vez terminada a atual “etapa” e “parar a agressão contra Gaza".
Poucos dias antes do início da guerra entre Israel e Hamas, o secretário-geral do Hezbollah afirmou que a delimitação das fronteiras era “responsabilidade do Estado” e prometeu cooperação a este respeito.
Este é o quarto discurso proferido por Nasrallah desde o início da violência na fronteira e o segundo esta semana.
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