O líder do Hezbollah, Hassan Nasrala, afirmou nesta quarta-feira (19) que o grupo xiita libanês recebeu ofertas de várias milícias com ideias extremistas semelhantes para enviarem integrantes ao Líbano e lutarem juntos contra Israel.
"Ultrapassamos em muito os 109 mil combatentes e temos mais no Líbano do que a frente precisa, mesmo nas piores condições de uma guerra", disse Nasrala durante um discurso televisionado por canais apoiadores do grupo.
Nasrala acrescentou que os chefes de várias formações regionais do que ele chamou de "resistência" entraram em contato para expressar interesse em enviar integrantes para o Líbano e disse que o Hezbollah recusou as ofertas, dizendo que suas fileiras são grandes o suficiente - cerca de 100 mil membros.
"Dissemos a eles que o que temos é suficiente, até mais, para a batalha", afirmou o clérigo xiita.
Essas observações foram feitas em meio a temores renovados de uma guerra aberta entre o grupo terrorista libanês e Israel, depois que os confrontos entre eles desde outubro do ano passado aumentaram nas últimas semanas e Tel Aviv elevou o tom de suas ameaças sobre a questão.
O Hezbollah faz parte de uma aliança anti-israelense informal liderada pelo Irã, conhecida como Eixo de Resistência, cujos membros também mantêm outras frentes de apoio ao grupo islâmico palestino Hamas na guerra de Gaza.
Muitos temem que a eclosão de uma guerra no Líbano possa levar a uma escalada regional ou, pelo menos, que outros membros do Eixo de Resistência enviem reforços para apoiar o Hezbollah em tal cenário.
Nasrala já havia afirmado em 2021 que suas fileiras tinham chegado a 100 mil integrantes, embora ninguém saiba exatamente quantos componentes a formação tem ou a escala de armas que possui, embora se presuma que ambos sejam muito maiores do que durante a última guerra em 2006.