![Líder do Partido Socialista de Portugal assume derrota e felicita aliança de centro-direita O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos](https://media.gazetadopovo.com.br/2024/03/10222239/b06889dbc769360887def026f812c1088f83d201w-960x540.jpg)
Em um cenário político que se desenha com novos contornos em Portugal, o secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, admitiu a derrota nas eleições legislativas antecipadas.
Com a contagem de votos chegando a quase 99%, Santos reconheceu a vitória da Aliança Democrática (AD), liderada por Luís Montenegro, e se comprometeu a liderar uma "oposição construtiva".
“Apesar da diferença tangencial entre nós e a AD e sem desrespeitar os votos e os eleitores dos círculos eleitorais das nossas comunidades, tudo indica que o resultado não permitirá ao PS ser o partido mais votado”, declarou Santos em seu discurso. Ele também enfatizou a importância de uma "renovação interna do partido" para "reconquistar a confiança" dos portugueses descontentes com o último governo liderado pelo PS.
Enquanto isso, André Ventura, líder do Chega, partido da direita conservadora, celebrou o crescimento expressivo de sua legenda, que ampliou seu número de cadeiras no parlamento e será uma peça-chave para a governabilidade.
Ventura reivindicou para o Chega o título de “grande vencedor da noite eleitoral” e convocou a AD a negociar para a ascensão de um governo de direita em Portugal.
"Não sabemos ainda como é que esta noite ficará conhecida na história de Portugal, mas há um dado que já temos a certeza: esta é a noite em que acabou o bipartidarismo em Portugal", disse Ventura em referencia as últimas disputas entre o PS e o PSD, partido de Luís Montenegro.
“Só um líder de um partido muito irresponsável deixará o PS governar quando temos na nossa mão a possibilidade de fazer um governo de mudança", declarou.
As eleições em Portugal foram convocadas após a renúncia do primeiro-ministro António Costa, em meio a uma investigação de corrupção envolvendo seu gabinete. A taxa de abstenção neste pleito foi de 33%, a mais baixa desde 2009, refletindo um engajamento significativo do eleitorado português neste momento crítico da política nacional.
Até o presente momento, a AD lidera a corrida legislativa com 28,67% e 74 deputados, seguido pelo PS com a mesma porcentagem e 75 deputados e em terceiro o Chega, com 18% dos votos e 46 deputados.
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