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O líder do partido político norte-irlandês Sinn Fein, Gerry Adams, foi libertado neste domingo depois de cinco dias de interrogatório sobre seu suposto envolvimento em um assassinato ocorrido há mais de 40 anos e reivindicado tardiamente pelo Exército Republicano Irlandês (Ira, por suas iniciais em inglês). Adams, de 65 anos, foi liberado sem acusações pendentes.

A saída de Adams do centro de interrogatórios de Antrim, no centro de Belfast, precisou ser atrasada por causa de uma ruidosa manifestação de protestantes em frente ao local. Por meio de nota, a polícia da Irlanda do Norte confirmou que Adams está livre.

O caso, no entanto, não foi arquivado. A polícia informou ter enviado evidências à promotoria para possíveis acusações futuras.

Segundo o Sinn Fein, Adams foi interrogado com base em entrevistas concedidas por veteranos do Ira para um projeto de história oral do Boston College no qual afirmavam que Adams ordenara o sequestro seguido de assassinato e sepultamento secreto de Jean McConville em 1972. Na ocasião, Adams era o comandante do Ira em Belfast.

Adams foi detido para interrogatório na quarta-feira. O extenso período em que passou sob custódia policial vinha causando temores em relação à sustentação do sistema de partilha de poder na Irlanda do Norte.

O Ira admitiu a autoria do assassinato de Jean McConville, uma mãe de dez filhos, somente em 1999. A cúpula do grupo separatista acreditava que ela fosse uma espiã a serviço do exército britânico.

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