Entrega de armas e veículos militares do Grupo Wagner às forças russas, em local não divulgado, na semana passada| Foto: EFE/EPA/Ministério da Defesa da Rússia
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O líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, fez sua primeira aparição pública desde o motim fracassado de junho na Rússia.

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Em um vídeo publicado em canais pró-Wagner no Telegram nesta quarta-feira (19), depois compartilhado pela conta de Prigozhin e reproduzido por canais de notícias internacionais, um homem com a aparência do chefe do grupo paramilitar cumprimenta combatentes em Belarus.

Nas imagens, um dos combatentes se dirige ao homem como Yevgeny Viktorovich, primeiro nome e patronímico de Prigozhin. No vídeo, o líder sugere que o Wagner não ajudará mais as tropas russas na guerra contra a Ucrânia.

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“O que está acontecendo agora no front é uma desgraça da qual não precisamos participar. Precisamos esperar o momento em que poderemos provar nosso valor plenamente”, afirmou Prigozhin.

“Portanto, foi tomada a decisão de ficarmos aqui em Belarus por algum tempo. Tenho certeza de que durante esse período faremos do exército bielorrusso o segundo melhor do mundo. E, se necessário, iremos defendê-los se for o caso”, acrescentou, citando também que cogita novas ações na África, onde o grupo tem um histórico de atuação.

O Grupo Wagner ajudou as tropas russas na invasão à Ucrânia, sendo uma das principais forças de assalto do país invasor na batalha pela cidade de Bakhmut. Entretanto, Prigozhin travou uma disputa pública com o comando militar russo, a quem acusou de incompetência e falta de apoio.

Em 24 de junho, os combatentes do Wagner entraram em território russo depois que o líder do grupo acusou a Rússia de ter atacado um acampamento da milícia. Entretanto, quando a marcha estava a cerca de 200 km de Moscou, o motim foi interrompido por meio de um acordo intermediado pelo ditador Alexander Lukashenko e Prigozhin aceitou se exilar em Belarus.

Desde então, as tropas do Wagner têm seguido para o país vizinho, com quem o grupo fechou uma parceria para treinamento de suas forças armadas.

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Apesar de Vladimir Putin ter afirmando publicamente que o motim foi uma traição, o próprio Kremlin revelou na semana passada que o presidente russo se encontrou com Prigozhin após a rebelião.

Além disso, uma reportagem de um site independente em língua russa revelou que empresas do líder do Wagner conseguiram novos contratos para fornecer serviços de alimentação na Rússia mesmo após o motim.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]