O líder da milícia iemenita extremista Houthi, Abdul-malik al-Houthi, condenou em um discurso televisionado nesta sexta-feira (18) a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, pelas forças israelenses na Faixa de Gaza, e prometeu “apoio contínuo” à organização terrorista islâmica palestina.
Al-Houthi disse que o grupo extremista que lidera continuará o “caminho de escalada” de operações militares contra Israel, incluindo ataques a navios que considera ligados a Israel que estejam navegando na costa do Iêmen e lançando mísseis e drones contra Israel.
“Nós, na frente de apoio a Gaza, ao povo palestino e a seus amados combatentes, afirmamos a continuação de nosso caminho de escalada em operações militares no mar, assim como em ataques com mísseis e drones nas profundezas da Palestina ocupada contra o inimigo sionista”, disse.
Apesar dos recentes ataques aéreos liderados pelos EUA contra alvos houthis no Iêmen, aos quais ele se referiu como “bombardeio e agressão americanos”, Al Houthi insistiu que seu grupo não vai abrir mão do apoio aos palestinos e ao Hamas.
“Não importa quais sejam as conspirações dos inimigos e as operações de bombardeio e agressão americanas contra nosso país, nunca abandonaremos o apoio ao povo palestino”, prometeu o líder houthi.
Em seu discurso, ele enviou uma mensagem de solidariedade aos combatentes palestinos: “Vocês não estão sozinhos e nós estaremos com vocês até a vitória”.
Al Houthi afirmou que a morte de Sinwar não enfraquecerá o movimento de resistência palestino.
O líder houthi rejeitou as esperanças israelenses de que a morte de Sinwar causaria o colapso do Hamas ou abalaria o moral de seus combatentes. Ele descreveu essas expectativas como “ilusórias” e “semelhantes a uma miragem”.
“Se o inimigo israelense imagina que o martírio do grande líder mujahideen Yahya Sinwar, que a misericórdia de Alá o envolva, levará ao colapso da grande frente da jihad na Faixa de Gaza e quebrará o moral dos mujahideen, eles estão delirando, e essas esperanças são uma miragem”, acrescentou.
Ele elogiou o Hamas como um “movimento generoso e coeso” que sempre produziu novos líderes apesar das perdas. Ele citou o histórico do grupo de continuar suas atividades mesmo após a morte de figuras proeminentes.
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