O presidente eleito de Honduras, Porfirio Lobo, pediu nesta segunda-feira (14) a renúncia do presidente de facto, Roberto Micheletti, e do líder deposto Manuel Zelaya como uma alternativa para o fim da crise política no país.
Lobo e o governo de facto estão sob pressão internacional para recompor a ordem constitucional e conquistar reconhecimento para a nova administração que assumirá em janeiro, assim como recuperar a vital ajuda estrangeira que foi cortada após o golpe de Estado contra Zelaya em 28 de junho.
O presidente eleito na eleição de novembro se reunirá nesta segunda-feira com Micheletti e disse que tentaria conversar com Zelaya, abrigado há quase três meses na embaixada do Brasil em Tegucigalpa após ter retornado ao país clandestinamente.
"Ambos disseram que estavam dispostos a renunciar, mas agora, creio que podemos alcançar este propósito... e nos ter integrados ao governo de reconciliação nacional", disse Lobo em entrevista coletiva.
"Vou impulsioná-los para que caminhem rápido e que se conclua tudo para que tenhamos as portas internacionais abertas", afirmou.
No entanto, Zelaya disse que não abrirá mão de sua restituição, enquanto Micheletti disse na semana passada que seguirá no cargo até a posse de Lobo, em 27 de janeiro.
As eleições de novembro não foram reconhecidas por grande parte dos países latino-americanos, entre eles Brasil, Argentina e Venezuela, por terem sido organizadas pelo governo de facto. Estados Unidos, Colômbia, Peru, Panamá e Costa Rica, no entanto, reconheceram o pleito.
Saída
Lobo insistiu que tentará facilitar a saída de Zelaya da embaixada brasileira após uma tentativa frustrada na semana passada, quando o governo mexicano enviou um avião a Tegucigalpa para levar o líder deposto, mas o governo de facto afirmou que Zelaya só deixaria Honduras sob o status de asilado político. Zelaya desejava chegar ao México como "hóspede".
"Se o presidente Zelaya quer sair, que o presidente Micheletti venha e facilite para que ele possa sair. O tema é como evitaremos um confronto", disse Lobo.
Zelaya tem uma ordem de prisão por supostamente violar a Constituição ao realizar, no mesmo dia em que foi deposto, uma consulta popular para abrir espaço para sua reeleição, apesar de ter sido proibida por um juiz.
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