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O líder indígena Alberto Pizango, que enfrenta uma ordem de captura pelos protestos ocorridos em três regiões amazônicas do Peru, pediu asilo na embaixada da Nicarágua, informou na segunda-feira o primeiro-ministro peruano, Yehude Simon.

O paradeiro de Pizango era um mistério até então O líder desafiou o governo de Alan García com violentos protestos que deixaram dezenas de mortos em confrontos com forças de segurança, contra uma lei de investimentos que os indígenas consideram uma ameaça aos recursos naturais da Amazônia.

O primeiro-ministro peruano, Yehude Simon, surpreendeu uma comissão do Congresso na noite de segunda-feira ao anunciar que Pizango, contra quem a Justiça emitiu uma ordem de captura pelos protestos, pediu asilo político na embaixada da Nicarágua.

"Acabo de receber um documento da embaixada da Nicarágua em que comunica que na tarde de hoje (segunda-feira) se refugiou nesta missão diplomática o senhor Alberto Pizango", afirmou Simon lendo uma carta enviada à chancelaria da embaixada.

Depois o chanceler peruano, José Antonio García Belaunde, confirmou que a Nicarágua concedeu o asilo.

"O asilo político foi aprovado pela embaixada da Nicarágua em Lima, e estamos esperando que solicitem a carta branca", informou a rádio local RPP.

O paradeiro de Pizango era um mistério até agora. O governo disse no fim de semana que teria informações de que o líder amazônico tinha fugido para a vizinha Bolívia, onde seria apoiado pelo presidente indígena Evo Morales.

O governo boliviano negou interferência no conflito peruano e disse que investigaria se Pizango havia ingressado em seu território.

Os parentes de Pizango, contudo, asseguraram que ele permaneceria refugiado em Lima.

"Nosso líder está aqui, dialogando com os líderes da Amazônia ..., ele não está fugindo, simplesmente está garantindo sua vida", disse em uma coletiva de imprensa Deisy Zapata, vice-presidente da organização indígena conhecida pela sigla Aidesep.

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