Líder do Irã agradece universitários dos EUA: “do lado certo da história” 

com informações da EFE

Líder supremo do Irã e financiador de grupos terroristas no exterior, o aiatolá Ali Khamenei agradeceu nesta quinta-feira aos estudantes universitários americanos que têm promovido protestos contra Israel.

“Jovens estudantes dos EUA! Vocês agora se colocaram do lado certo da história”, disse o religioso em uma carta publicada em vários idiomas, incluindo inglês, espanhol e francês, e que ele descreveu como uma “mensagem de concórdia e solidariedade”.

“Hoje vocês fazem parte do Eixo da Resistência e, sob a pressão brutal do seu governo, que defende abertamente o implacável regime usurpador sionista, iniciaram uma luta honrosa”, acrescentou a mais alta autoridade política do Irã.

O chamado Eixo da Resistência é uma aliança informal anti-Israel liderada pelo Irã e formada pelos houthis do Iêmen, pelo grupo terrorista palestino Hamas e pelo libanês Hezbollah, entre outros.

Nas últimas semanas milhares de estudantes universitários reuniram-se em campi de todo os EUA com manifestações e acampamentos para protestar contra a guerra de Israel em Gaza, nas maiores mobilizações do gênero em décadas. Em muitos casos, os manifestantes apoiavam explicitamente as ações do grupo terrorista Hamas, principal responsável pelos ataques de 7 de outubro em Israel.

Khamenei também aproveitou a carta para atacar os Estados Unidos, seu principal inimigo ao lado de Israel, país com o qual compete pela hegemonia regional.

“O maior patrocinador desse regime usurpador (Israel) é o governo dos Estados Unidos da América, que continuou a fornecer-lhe apoio político, econômico e armamentista ininterrupto, com imprudência imperdoável, e até lhe abriu caminho para a produção de armas nucleares”, declarou Khamenei.

Além disso, ele afirmou que a “situação está mudando” no mundo com o “despertar de consciências” em escala global. “As páginas da história estão passando diante de nós”, comentou.

Por fim, o líder da teocracia iraniana recomendou que os estudantes americanos “se familiarizassem com o Corão”.