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O presidente da União de Cortes Islâmicas (ICU, sigla em inglês), Sheikh Sharif Ahmed, culpou pela morte do jornalista sueco Martin Adler "Aqueles que desejam desestabilizar Mogadíscio" e prometeu que encontrará o atirador.

Martin Adler foi morto em frente a milhares de pessoas enquanto filmava uma manifestação liderada pela ICU nesta sexta-feira.

- Os acontecimentos de ontem estão relacionados àqueles que estão tentando sabotar o desenvolvimento de Mogadíscio - disse Ashmed.

Adler, premiado jornalista que já cobriu mais de duas dúzias de guerras e conflitos em sua carreira, tinha nacionalidade inglesa e sueca, era casado e tinha duas filhas.

O porta-voz de Nairobi Abdurahman Ali Osman culpou por sua morte os seguidores de um comandante pouco conhecido chamado Abdi Awale Qaybdiid, "que ficou em Mogadíscio apesar da retomada dos islâmicos".

Neste sábado, ele voltou atrás e disse não ter certeza sobre a afirmação acrescentando que uma mulher suspeita que havia sido presa ainda seria interrogada.

Os líderes do ICU fizeram grande esforço para passar uma imagem moderada, o que incluiu convites à imprensa estrangeira para uma visita a Mogadíscio, para dissipar acusações de que a cidade teria ligações com líderes extremistas do al-Qaeda.

A morte de Adler na sexta-feira foi pelo menos a 10ª entre jornalistas estrangeiros na Somália desde 1991. O ICU, no entanto, insiste em dizer que trouxe ordem e paz à região.

O ataque aconteceu horas depois que os islâmicos e o governo interino assinaram um acordo feito na quinta-feira à noite no Sudão, prevendo um cessar-fogo e a retomada das negociações de paz. O acordo também prevê o reconhecimento da milícia islâmica.

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