Músicas apresentadas por soldados e shows com flores marcaram o aniversário, na sexta-feira, do homem descrito pelos meios de comunicação oficiais da Coréia do Norte como o ``brilhante comandante invencível'' do país.
Enquanto Kim Jong-il completava 65 anos de idade, potências mundiais se perguntavam se o ``comandante invencível'' observaria um acordo fechado recentemente e que determina a paralisação dos programas de armas nucleares da Coréia do Norte.
Líder da única dinastia comunista do planeta, Kim é o chefe todo poderoso do isolado Estado cuja economia mergulhou em uma crise ainda maior durante os anos de governo dele.
No começo desta semana, a Coréia do Norte chegou a um acordo para desligar seu único reator nuclear em troca de receber ajuda no setor energético. E incentivos econômicos e diplomáticos foram oferecidos ao país caso Kim decida-se por abandonar definitivamente os programas de armas nucleares.
``Acredito ser difícil acreditar que essa seja uma decisão estratégica de desmantelar as ogivas. Acho que essa é uma manobra tática com o objetivo de diminuir as pressões, conseguir algumas vantagens e manter os chineses contentes'', disse Michael Breen, autor do livro ``Kim Jong-il: North Korea's Dear Leader'' (Kim Jong-il: o amado líder da Coréia do Norte).
Com bombas nucleares a tiracolo, a empobrecida Coréia do Norte consegue sentar-se à mesa junto das potências mundiais, entre elas os EUA - o país que, segundo argumenta o governo norte-coreano, estaria tentando tirá-lo do poder, o que justificaria o sacrifício de sustentar um contingente militar formado por 1,2 milhão de integrantes.
Sem as armas nucleares, a Coréia do Norte é apenas um país pobre com políticas econômicas desastrosas, afirmam analistas.
A maior prioridade de Kim é continuar no poder. E os meios de comunicação controlados pelo governo da Coréia do Norte argumentam que o líder conseguiu obrigar os EUA a fazer concessões ao assinar o acordo sobre os programas nucleares.
Kim é visto como uma deidade dentro de seu país, onde milhares de pessoas dançaram nas ruas de Pyongyang na sexta-feira a fim de celebrar o 65o aniversário dele.
E os militares realizaram uma festa, na qual apresentaram músicas e danças para canções como ``Minha Alegria está no Coração do Respeitado General.''
Culto à personalidade
Fora da Coréia do Norte, Kim é visto como um homem de corte de cabelo extravagante que usa macacões de tecido grosseiro e sapatos de plataforma e que fez pouca coisa para ajudar a população faminta do país ou permitir que a economia norte-coreana cresça.
Como havia sido o caso do pai dele, Kim alimentou um culto à sua própria personalidade.
Preparado durante vários anos pelo pai, o fundador do Estado norte-coreano, Kim Il-sung, o atual líder do país sedimentou-se no poder gradualmente depois da morte de Kim Il-sung, em 1994, devido a um ataque cardíaco. À época, desenhava-se a crise em torno dos programas nucleares norte-coreanos.
Kim Jong-il não quis ficar com o título de presidente, nomeando seu pai como ``presidente eterno'' e ficando ele com os cargos de líder da Comissão Nacional de Defesa e de chefe do partido governista.
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