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O líder da Frente de Resistência, um grupo partidário do presidente deposto Manuel Zelaya, convocou para esta segunda-feira (5) uma passeata em Tegucigalpa. Juan Brahman afirmou que "nós não ficaremos em nossas casas", apesar da proibição do governo golpista de manifestações em Honduras. O protesto está marcado para as 8 horas (hora local, 11 horas de Brasília). "Com ou sem policiais, com ou sem decretos repressivos: amanhã todos rumo à Embaixada dos Estados Unidos", anunciou Brahman, no domingo (4) em uma entrevista por telefone. Segundo ele, a manifestação será pacífica e deve contar com cerca de 300 pessoas.

Zelaya pediu, também no domingo, que sejam restauradas as liberdades civis e que os militares deixem a área próxima da Embaixada do Brasil, para se iniciar o diálogo e encerrar a crise política. Deposto no dia 28 de junho, Zelaya voltou ao país em 21 de setembro e, desde então, está abrigado na embaixada brasileira em Tegucigalpa. Por telefone, Zelaya disse esperar um diálogo "sincero" com o governo de facto, liderado por Roberto Micheletti. Na semana passada, os dois lados concordaram em negociar, mas sem estabelecer datas.

Na quarta-feira (7), dez ministros de Relações Exteriores de países-membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) devem chegar a Honduras a fim de estimular o diálogo e ajudar a restaurar a democracia no país. Micheletti disse que se encontrará com seu gabinete para avaliar se restaura as liberdades civis

O regime de facto tenta evitar a volta de Zelaya ao poder antes das eleições presidenciais marcadas para 29 de novembro. Vários países, porém, já disseram que não reconhecerão o resultado, caso Zelaya não esteja no posto. A crise também resultou em prejuízos de milhões de dólares para esta já pobre nação da América Central.

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