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Bangladesh executou, nesta quinta-feira (12), o líder opositor Abdul Quader Mollah por crimes de guerra, horas depois de o Supremo Tribunal ter receitado um pedido de apelação da sentença. A morte pode dar início a novos episódios de violência, semanas antes das eleições, marcadas para 5 de janeiro.

O xeque Yousuf Harun, administrador-chefe do governo de Daca, a capital, disse que Mollah foi enforcado às 22h01(horário local). O partido islâmico ao qual o réu pertencia, o Jamaat-e-Islami, convocou uma greve geral para domingo.

Mollah, de 65 anos, foi condenado por crimes cometidos durante a guerra pela independência do país contra o Paquistão, em 1971. Ele foi a primeira pessoa a ser executada pelos tribunais especiais, instituídos pelo primeiro-ministro Sheikh Hasina em 2010, para julgar suspeitos de crimes cometidos durante a guerra pela independência.

O governo diz que soldados paquistaneses, auxiliados por colaboradores locais, mataram 3 milhões de pessoas e estupraram 200 mil mulheres durante a guerra, que durou nove meses.

A maior parte dos réus é de membros da oposição. O partido de Mollah e o Partido Nacionalista de Bangladesh dizem que os julgamentos são uma tentativa de enfraquecer a oposição e eliminar os partidos islâmicos, acusação negada pelo governo.

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