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Nigéria, Aitku Abubakar
Atiku Abubakar, que perdeu as eleições para Bola Tinubu na Nigéria, questiona os resultados. Foto de campanha de 2011.| Foto: Flickr/Atiku Abubakar/Morten Fauerby

Atiku Abubakar, candidato presidencial do Partido Democrático do Povo (PDP), principal grupo da oposição nas eleições de 25 de fevereiro na Nigéria, liderou nesta segunda-feira, em Abuja, uma manifestação contra os resultados eleitorais.

"Todas as disposições das atuais leis eleitorais foram completamente transgredidas. É por isso que estamos protestando. Temos o direito de protestar e continuaremos a protestar durante muito tempo, seja todos os dias ou de dois em dois dias", disse Abubakar em frente à sede da Comissão Eleitoral Nacional Independente (INEC) na capital nigeriana.

As eleições também contaram com a presença do presidente do PDP, Iyorchia Ayu, o companheiro de chapa de Abubakar, Ifeanyi Okowa, outros líderes e apoiadores do partido.

Abubakar, que ficou em segundo lugar nas eleições presidenciais, com 29% dos votos, segundo dados da INEC, rejeitou os resultados oficiais das eleições.

"As eleições não foram nem livres nem justas. As avaliações preliminares indicam que foram as piores eleições desde a restauração da democracia (em 1999)", comentou o líder opositor na semana passada.

Abubakar descreveu como "violação da democracia" as últimas eleições, vencidas por Bola Tinubu, candidato do governante Congresso de Todos os Progressistas (APC), com 36% dos votos.

Tanto o seu partido como o de Peter Obi, candidato do Partido Trabalhista (LP), que recebeu 25% dos votos e ficou em terceiro lugar, pediram o cancelamento e a repetição das eleições após acusarem o órgão eleitoral de fraude.

Eles acreditam que a declaração de Tinubu como vencedor não cumpriu a lei, após a transmissão eletrônica dos resultados das mesas de voto não ter podido ser concluída na íntegra, o que o órgão eleitoral atribuiu a "falhas técnicas".

Esta foi a primeira vez que a Nigéria, o país mais populoso da África (mais de 213 milhões de pessoas), utilizou esta tecnologia, adotada para prevenir possíveis irregularidades, em eleições gerais.

Tinubu sucederá ao presidente Muhammadu Buhari, no poder desde 2015, que não tentou a reeleição após ter esgotado o segundo mandato consecutivo de quatro anos permitido pela Constituição.

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