O líder oposicionista venezuelano Leopoldo López foi formalmente indiciado nesta sexta-feira (4) por incitação à violência nos protestos antigoverno dos quais participou e ajudou a organizar.
Se considerado culpado, ele pode ser condenado a quase 14 anos de prisão.Desde 12 de fevereiro, a Venezuela tem sido palco de manifestações contra o presidente, Nicolás Maduro, que já deixaram 39 mortos.
A procuradora-geral do país, Luisa Ortega Díaz, fez o anúncio um dia antes da data-limite para que López fosse libertado, caso não houvesse acusações contra ele, o que indica que o opositor permanecerá na prisão.
Além de incitação, López, coordenador nacional do partido Vontade Popular (VP), que defende o impeachment de Maduro, foi acusado de ser mentor de danos à propriedade e incêndio, além de associação para delinquir.
Diversos integrantes da oposição planejavam uma marcha hoje em Caracas para pedir a libertação de López, 42, reunindo-se na mesma praça onde ele acatou a ordem de prisão, ao final de uma manifestação, no último dia 18 de fevereiro.
Maduro o acusa de ser um dos líderes de um plano para um golpe de Estado financiado pelo governo dos EUA e parte da elite venezuelana que mora em Miami.
Outros dois políticos, prefeitos de cidades que organizaram protestos contra o governo chavista, também foram presos desde o início das manifestações. Eles teriam falhado em remover barricadas que visam à quebra da ordem pública.
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