Uma das principais lideres da oposição argentina, Elisa Carrió, da Coalizão Cívica, denunciou formalmente o ex-presidente Néstor Kirchner por fraude contra o Estado argentino e lavagem de dinheiro. A denúncia foi apresentada nesta quarta-feira na Justiça Federal na capital do país. Segundo Carrió, Kirchner é o líder de uma "associação ilícita", da qual também participariam o Ministro do Planejamento Federal e Obras Públicas, Julio De Vido. Os fundos desviados oscilariam entre US$ 13 milhões e US$ 17 milhões.
Segundo Carrió, os atos de corrupção vinculam-se a obras públicas, concessões da rede elétrica e a indústria petrolífera. A líder oposicionista, segundo colocada nas eleições presidenciais do ano passado, alertou: "se a aposentadoria privada for reestatizada no Senado nos próximos dias, o governo contará com mais de US$ 30 bilhões. Essa associação ilícita usará esse dinheiro, que é dos aposentados, para obras públicas"
"Não confio na Justiça argentina, de forma geral", admitiu Carrió.
"Mas, eu não sou responsável por uma Justiça corrupta e impune. Nós apresentamos provas e denunciamos. O povo queria isso".
Impunidade
O Centro de Investigação e Prevenção da Criminalidade Econômica (Cipce) anunciou que existem 750 processos por casos de corrupção abertos desde a volta da democracia na Argentina, em 1983.
Neste quarto de século transcorrido, os processos contam com atrasos em média de 14 anos na Justiça. Esses processos investigam fraudes ao Estado argentino pelo total de US$ 2,12 bilhões. Apesar das mais de sete centenas de processos, apenas 14 pessoas foram condenadas neste período.
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