Um líder rebelde da República Centro-Africana se comprometeu a nomear um governo de partilha de poder após conquistar o controle da capital Bangui e declarar-se presidente, no domingo, disse um porta-voz, numa tentativa de acalmar a pressão internacional contra o golpe.

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A tomada do poder pela coalizão rebelde Seleka - o mais recente de uma série de golpes e rebeliões desde que a nação rica em minerais obteve a independência da França, em 1960 - foi rapidamente condenada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Africana.

Estados Unidos, França e a liderança regional Chade apelaram ao líder da Seleka, Michel Djotodia, para respeitar os termos de um acordo de partilha de poder assinado em janeiro na capital do Gabão, Libreville.

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O acordo tinha criado um governo a ser formado por líderes rebeldes, a oposição civil e partidários do ex-presidente François Bozizé. A negociação foi liderada pelo primeiro-ministro Nicolas Tiangaye, ex-advogado e membro da oposição civil.

"Vamos respeitar o acordo de Libreville: uma transição política de 2 a 3 anos antes das eleições", disse o porta-voz da Saleka, Eric Massi, por telefone. "O atual primeiro-ministro permanece e o gabinete será um pouco modificado".

Massi disse que a capital Bangui estava calma na manhã de segunda-feira, embora a Seleka ainda estivesse tentando conter os saques esporádicos que começaram no domingo, após a queda de Bozizé.

A Seleka, uma coalizão de cinco grupos rebeldes, cujo nome significa "aliança" na língua Songo, acusou Bozizé de quebrar o acordo de janeiro ao não incluir seus combatentes no Exército.

Eles iniciaram o golpe na quinta-feira, rapidamente varrendo o sul até tomarem a capital, passando por uma força sul-africana de 400 soldados que tentou defender Bangui.

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Uma testemunha da Reuters disse que ao menos nove sul-africanos foram mortos, em um revés para os esforços da África do Sul de projetar sua influência na região.