Bogotá O presidente colombiano, Álvaro Uribe, celebrou ontem o apoio do G8 a sua iniciativa para libertar reféns seqüestrados pelos rebeldes de esquerda. Contudo, o líder guerrilheiro Rodrigo Granda, que ele soltou da prisão na tentativa de negociar um acordo, alertou que um pacto permanece longe de ser fechado.
Alguns seqüestrados estão há anos nas mãos da guerrilha. Granda foi solto na segunda-feira depois de um pedido do presidente da França, Nicolas Sarkozy. A iniciativa ajudaria na libertação, entre outros, da política franco-colombiana, ex-candidata a presidente, Ingrid Betancourt, levada em 2002.
"Não vou fazer milagre. Peço aos parentes, às mães daqueles levados por nós, para não se enganarem e para terem paciência", disse Granda, em Bogotá.
As Farc insistem em pedir a demarcação temporária de uma área desmilitarizada no país, como condição para negociar a libertação de reféns. Granda repetiu que se a área for garantida os seqüestrados poderiam ser soltos, mas Uribe chama a proposta de inaceitável.
As negociações para a libertação dos reféns das Farc sofreram um "bombardeio" ontem do Exército de Libertação Nacional (ELN). O ELN, segundo maior grupo guerrilheiro da Colômbia, pediu também que os presos de ambos grupos recusem-se à "manipulação" do presidente e "assumam uma atitude conseqüente e revolucionária".
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